É verdade que a lâmina engrossa os pelos?
Não é exatamente uma verdade. A região do pelo mais perto da raiz é mais grossa do que a extremidade oposta, que é mais fina. Quando se usa a lâmina, corta-se a haste do pelo (e não a raiz). O pelo continua com o estímulo de crescimento bem próximo da raiz e, quando se exterioriza através da pele, vai aparecer mais grosso (pois está mais perto da raiz e ainda não se formou a extremidade oposta). Se esperarmos ele crescer até que se afaste mais da raiz, veremos que ele formará aquele mesmo pelo (não tão grosso) de antes de passar a lâmina.
O que ocorre é que, ao usarmos a lâmina, não esperamos o pelo crescer totalmente. Já percebemos o pelo grosso saindo da pele e já queremos passar a lâmina novamente. Então pode aplicá-la sem medo de achar que o pelo ficará mais grosso permanentemente (parecerá mais áspero por um tempo e depois, com o crescimento, retorna à largura normal dele).
Cuidado apenas para possíveis foliculites / pseudofoliculites (que são aquelas bolinhas que se formam ao redor do pelo recém-raspado) e para possíveis reações alérgicas ao metal da lâmina (vermelhidão intensa ao redor do folículo e na própria pele). Essas reações são comuns com o uso da lâmina.
Os diferentes locais do corpo pedem cuidados especiais e métodos diferentes?
Cada região do corpo tem pelos de diferentes larguras, comprimentos e ciclos de crescimento. Por isso, podem ser usados métodos diferentes para cada região do corpo. Um dos principais cuidados é ficar atento a algum método depilatório que possa estar manchando a pele. Por exemplo: pessoas com tendência a ter manchas em rosto devem evitar cera quente, que é uma das causas frequentes de manchas (tanto devido à agressão da pele pela cera como pela temperatura). Outras pessoas podem ficar com as axilas e a virilha manchadas devido ao uso da lâmina ou cera.
Como preparar a pele para a depilação?
A pele que for se submeter a qualquer método depilatório tem que estar sem lesões dermatológicas, isto é, sem infecção, sem sangramento, sem pus, sem herpes, etc.
Temos que deixar a pele bem hidratada (começando dias antes), pois uma pele ressecada é mais predisposta a infecções e sangramentos.
PONTOS POSITIVOS X PONTOS NEGATIVOS
Cera fria:
É um método dolorido que pode causar alergia. Por isso os produtos naturais (como a cera de mel) são melhores.
No entanto, a aplicação do laser dói (é suportável, mas há certa dor). O uso de anestésico local antes da sessão pode ser indicado para os pacientes mais sensíveis, assim como a utilização de ar gelado ou “gelinho elétrico” antes da aplicação é um cuidado que o médico deve colocar no consultório para deixar o paciente mais confortável. A cada sessão a dor diminui, já que existem menos pelos.
É importante também explicar que não existe depilação definitiva ao pé da letra, pois, uma depilação será considerada “definitiva” se os pelos não aparecerem por dois anos. Portanto, algumas alterações hormonais podem fazer um ou outro pelo aparecer (claro que, se ele eventualmente nascer, será bem mais fino). Pode ser necessária uma sessão de manutenção após um ou dois anos após a última sessão.
Outros:
O método de eletrólise era muito usado antes do advento do laser, da luz pulsada e tem resultados pouco satisfatórios. Mesmo a luz pulsada (que não é laser), embora cause menos dor, necessita de muito mais sessões (na média de oito a 12 sessões) e seus resultados são inferiores aos do laser.
DICAS:
- Lembre-se que as regiões com pelos mais grossos são as mais doloridas a serem depiladas.
- Mantenha um tempo mínimo de 15 dias entre uma depilação e outra. Às vezes esse intervalo deve ser maior, dependendo da sensibilidade da pele ou da região do corpo.
- Faça a depilação com bons profissionais e em salões confiáveis. Não se deve em hipótese alguma reaproveitar a cera depilatória – isso pode trazer risco de transmitir micro-organismos de uma pessoa para outra.
- Um novo nicho de mercado hoje são os salões especializados apenas em depilação de homens, para os pacientes que têm vergonha ou não se sentem à vontade de ir a um salão comum.
Dra. Gisele Barbosa
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